Intensivo - Mód.1, Cap.6 - ENEM e CEDERJ
EXERCÍCIOS –
TURMA INTENSIVA – MÓDULO 1, CAPÍTULO 6 (PG. 59 A 70)
1 – ENEM 2009
“Para Caio Prado Júnior, a formação brasileira se
completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade
social – o oposto da interligação com objetivos internos – trazida da colônia.
Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque
de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado
quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então
teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante,
na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que
a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do
econômico, não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a
conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto.”
Acerca das
expectativas quanto à formação do Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de
vista apresentados no texto é:
( A ) Brasil, um país que vai para frente.
( B ) Brasil, a eterna esperança.
( C ) Brasil, glória no passado, grandeza no
presente.
( D ) Brasil, terra bela, pátria grande.
( E ) Brasil, gigante pela própria natureza.
2 – ENEM
2010
“Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra
de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas.
Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm
tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo
furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são
corredios.”
O texto é
parte da famosa “Carta de Pero Vaz de Caminha”, documento fundamental para a
formação da identidade brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro
contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas, esse trecho da carta
revela a:
( A ) preocupação em garantir a integridade do
colonizador diante da resistência dos índios à ocupação da terra.
( B ) postura etnocêntrica do europeu diante das
características físicas e práticas culturais do indígena.
( C ) orientação da política da Coroa Portuguesa
quanto à utilização dos nativos como mão de obra para colonizar a nova terra.
( D ) oposição de interesses entre portugueses e
índios, que dificultava o trabalho catequético e exigia amplos recursos para a
defesa da posse da nova terra.
( E ) abundância da terra descoberta, o que
possibilitou a sua incorporação aos interesses mercantis portugueses, por meio
da exploração econômica dos índios.
3 – ENEM
2013
“De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chá e
muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a
estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito
longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa
alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons
ares (...). Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será
salvar esta gente.”
A carta de
Pero Vaz de Caminha permite compreender o projeto colonizador para a nova
terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
( A ) valorizar a catequese a ser realizada sobre
os povos nativos.
( B ) descrever a cultura local para enaltecer a
prosperidade portuguesa.
( C ) transmitir o conhecimento dos indígenas sobre
o potencial econômico existente.
( D ) realçar a pobreza dos habitantes nativos para
demarcar a superioridade europeia.
( E ) criticar o modo de vida dos povos autóctones
para evidenciar a ausência de trabalho
4 – ENEM
2014
“Quando Deus confundiu as línguas na torre de
Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que
todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve
setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de
centro e cinquenta. E, assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos
eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para
que esses mudos falem e esses surdos ouçam.”
No decorrer
da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema
apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na:
( A ) ampliação da violência nas guerras
intertribais.
( B ) desistência da evangelização dos povos
nativos.
( C ) indiferença dos jesuítas em relação à
diversidade de línguas americanas.
( D ) pressão da Metrópole pelo abandono da
catequese nas regiões de difícil acesso.
( E ) sistematização das línguas nativas em uma
estrutura gramatical facilitadora da catequese
5 – ENEM
2014
“O índio era o único elemento então disponível para
ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza
tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas
sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em
torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre
jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade,
enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos”
Entre os
séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao
catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi
mediada pela:
( A ) demarcação do território indígena.
( B ) manutenção da organização familiar.
( C ) valorização dos líderes religiosos indígenas.
( D ) preservação do costume das moradias
coletivas.
( E ) comunicação pela língua geral baseada no
tupi.
6 – ENEM
Desde sua
chegada ao Brasil, em 1549, com Manuel da Nóbrega, a presença da Companhia de
Jesus, entre outras ordens religiosas, foi marcante em nossa história. Sobre
esse tema é correto afirmar que:
( A ) a catequização dos indígenas e a conversão da
população do novo território era o principal objetivo da colonização portuguesa.
Por esta razão, a Coroa concedia grandes poderes à Companhia de Jesus para
expandir suas atividades na América.
( B ) as missões jesuítas na América Latina, apesar
de permitidas, inicialmente apoiadas pelas Metrópoles, passaram a ser vistas
como interferência na ação dos governantes e, portanto, indesejadas. Isso se
deu, entre outras razões, pela oposição dos jesuítas à escravidão indígena em
muitas ocasiões.
( C ) os jesuítas pretendiam expandir a fé católica
na América Latina. Por essa razão, apoiaram largamente o aprisionamento e a
escravização dos indígenas, uma vez que esta era a forma mais fácil de
conseguir fiéis nas novas terras.
( D ) as missões jesuítas, pouco presentes no
Brasil colônia, não foram importantes para o processo de colonização implantado
pela Coroa portuguesa.
( E ) os jesuítas, por apoiarem a escravidão
indígena, tinham uma boa relação com os bandeirantes e também com o
Governo-geral instalado na colônia. Eram peça fundamental para o sucesso das
bandeiras.
7 – CEDERJ
2015.1
Prática recorrente nos primeiros séculos da
colonização do Brasil, o escambo consistia na troca ou permuta de mercadorias,
ou mesmo na troca de mercadorias por trabalho. Assinale a alternativa que
melhor caracteriza essa relação no contexto colonial.
( A ) A prática de escambo fortaleceu um ideário de
salvaguarda dos índios, o que impediu que eles fossem reduzidos à condição de
cativos, tal como aconteceria com os negros, vindos da África.
( B ) Nos primeiros séculos da colonização, a
prática de escambo permitiu que os portugueses obtivessem boa parte dos
produtos para sua subsistência, como milho e farinhas, produzidos pelos índios.
( C ) Os colonizadores ofereciam graciosamente
espelhos e armas aos índios, como forma de fortalecer a paz entre as várias etnias.
( D ) No século XVI, os processos de visitação do
Santo Ofício do Nordeste não encontraram evidências de que o escambo também
tivesse sido utilizado para o aprisionamento de índios, transformados em
cativos.
8 – CEDERJ
2015.2
“É certo, senhor, que as comarcas nesses estados e
jurisdições se conservam indivisas e, por isso, derivado da boa razão que o
costume introduziu, havendo um descoberto, fica este pertencendo àquela
jurisdição que primeiro nele exerceu atos possessórios.” (Ouvidor da Comarca do
Rio das Mortes, 1749, apud: Claudia Fonseca. Arraias e Vilas D`el Rei. Belo Horizonte,
UFMG, 2011, p. 287).
O processo
de regularização da ocupação de terras na América Portuguesa:
( A ) é o resultado de uma política da Coroa
Portuguesa, idealizada a partir do modelo francês.
( B ) é fortemente inspirado na experiência de
ocupação do Oeste Norte Americano.
( C ) está assentado no instituto jurídico das
sesmarias, criado em Portugal no século XIV.
( D ) está marcado pela ausência de qualquer
política de controle sobre a ocupação territorial
9 – ENEM
2011
“O açúcar e suas técnicas de produção foram levados
à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi
principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando.
Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena
escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente
caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.”
Considerando
o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
( A ) o lucro obtido com o seu comércio ser muito
vantajoso.
( B ) os árabes serem aliados históricos dos
portugueses.
( C ) a mão de obra necessário para o cultivo ser
insuficiente.
( D ) as feitorias africanas facilitarem a
comercialização desse produto.
( E ) os nativos da América dominarem uma técnica
de cultivo semelhante.
10 – ENEM
2014
Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de
1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos
ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual
Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da
capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã.
Do ponto de
vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da
Colônia decorriam do fato de que essa região:
( A ) era a mais importante área produtora de
açúcar na América portuguesa.
( B ) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no
litoral das Américas.
( C ) contava com o porto mais estratégico para a
navegação no Atlântico Sul.
( D ) representava o principal entreposto de
escravos africanos para as Américas.
( E ) constituía um reduto de ricos comerciantes de
açúcar de origem judaica.
11 – CEDERJ
2012.2
A descoberta do ouro em Minas Gerais, em fins do
século XVII, tem sido objeto de intensas discussões dos historiadores. Alguns
ressaltam o seu papel no desenvolvimento econômico da metrópole; outros
destacam o aumento da pobreza na região, resultado da migração de pessoas em
busca de riquezas.
Dentre as
alternativas abaixo, destaque a que melhor define esse período.
( A ) As incursões pelo interior do país foram
feitas pelos bandeirantes, ansiosos por encontrar ouro e, também, grupos de
índios, transformados em cativos para as fazendas.
( B ) As expedições pelo interior no Brasil em
busca do ouro representaram um longo período de pacificação dos índios, beneficiados
– ainda que indiretamente – com os frutos da riqueza de suas terras.
( C ) As chamadas “entradas” para o interior tinham
o objetivo de abrir estradas para a circulação de riquezas, com o auxílio
financeiro da metrópole, interessada em estimular o desenvolvimento da colônia.
( D ) As expedições em busca do ouro estimularam o
desenvolvimento de Minas Gerais e democratizaram o acesso à riqueza, encontrada
nos solos das cidades mineiras e seu entorno
12 – ENEM
2013
“É precisos ressaltar que, de todas as capitanias
brasileiras, Minas Gerais era a mais urbanizada. Não havia ali hegemonia de um
ou dois grandes centros. A região era repleta de vilas e arraiais, grandes e
pequenos, em cujas ruas muita gente circulava.”
As regiões
da América Portuguesa tiveram distintas lógicas de ocupação. Uma explicação
para a especificidade da região descrita no texto está identificada na:
( A ) apropriação cultural diante das influências
externas.
( B ) produção manufatureira diante do exclusivo
comercial.
( C ) insubordinação religiosa diante da hierarquia
eclesiástica.
( D ) fiscalização estatal diante das
particularidades econômicas.
( E ) autonomia administrativa diante das
instituições metropolitanas.
13 – CEDERJ
2011.1
O período
colonial no Brasil, em geral, pode ser caracterizado por uma das combinações
abaixo.
( A ) escravidão, latifúndio e monocultura.
( B ) trabalho livre, grande propriedade e
policultura.
( C ) boias frias, pequena propriedade e
multicultura.
( D ) campesinato, média propriedade e
pluricultura.
GABARITO:
ResponderExcluir1 – B
2 – B
3 – A
4 – E
5 – E
6 – B
7 – B
8 – C
9 – A
10 – A
11 – A
12 – D
13 – A