Mód. 1, Cap. 10 - Questões ENEM, CEDERJ e UERJ - Aula de 04/08
MÓDULO 1
– CAPÍTULO 10
QUESTÕES ENEM,
CEDERJ E UERJ
AULA DE 04 DE
AGOSTO
BRASIL IMPÉRIO -
PRIMEIRO REINADO E PERÍODO REGENCIAL
(PGS. 108 A 110)
Questão
01 – ENEM 2015 – É simplesmente
espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido
aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve
relação direta com a metrópole. Ocorreu o extraordinário, fizemos um povo-nação,
englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e
política.
Após
a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como
garantir sua unidade político-territorial diante das características e práticas
herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência à construção
do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da:
( A
) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens,
independentemente de cor, sexo ou religião.
( B
) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como
critério de hierarquização social.
( C
) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos
armados contrários ao projeto luso-brasileiro.
( D
) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses
socioeconômicos dos grandes proprietários.
( E
) afirmação de um regime constitucional monárquico, que garantiu a ordem
associada à permanência da escravidão.
Questão
02 – UERJ 2012 – Sobre a independência política do Brasil, Cáceres comenta:
A
independência foi obra dos proprietários rurais e grandes comerciantes. Esses
beneficiários da sociedade colonial não pensaram na formação de uma nova
sociedade, na abolição da escravidão e na promoção das camadas marginalizadas.
O liberalismo, segundo a visão desses segmentos, consistia em acabar com os
últimos resquícios do sistema colonial, limitar o poder do imperador, mas
mantendo a forma monárquica de governo.
Essas
ideias dominaram a Assembleia Constituinte. O projeto constitucional de 1823,
por ela elaborado, foi chamado de “Constituição da Mandioca” e expressou
fortemente os interesses das facções aristocráticas, uma vez que:
( A
) instituía que o eleitor ou candidato aos cargos de deputado e senador teria
que comprovar elevada renda, proveniente, sobretudo, da atividade agrícola.
( B
) estabelecia o exercício do poder moderador como atribuição exclusiva do
imperador, que poderia interferir em decisões tomadas pelo Legislativo ou
Judiciárias.
( C
) adotava diretrizes políticas que privilegiavam os proprietários de terras e
de escravos e os grandes comerciantes portugueses que tivessem renda em
dinheiro.
( D
) determinava a adoção do voto universal para os homens brancos, livres e
cristãos, mas impedia que mulheres, escravos e não católicos se expressassem
nas eleições.
Questão
03 – ENEM 2009 – A primeira Constituição brasileira, outorgada por D. Pedro I
em 1824, pode ser considerada liberal na forma e conservadora na prática.
Partindo dessa premissa, escolha, dentre as alternativas abaixo, aquela que
melhor define essa afirmação.
( A
) liberal, pois concretiza a emancipação política; conservadora, em função da
dívida externa contraída com Portugal.
( B
) liberal, pois prevê o voto censitário; conservadora, em função do sufrágio ser
exclusivamente masculino.
( C
) liberal, pois prevê a hegemonia do Imperador; conservadora, em função da
manutenção do sistema escravocrata.
( D
) liberal, pois prevê a divisão de poderes; conservadora, em função da presença
do poder moderador.
( E
) liberal, pois prevê direitos trabalhistas; conservadora, em função da
implementação do regime absolutista.
Questão
04 – UERJ 2014 – A charge aponta para uma importante característica da Carta
Outorgada de 1824, mais precisamente a instituição pela Constituição do(a):

( A
) voto universal.
( B ) voto censitário.
( C ) poder moderador.
( D ) parlamentarismo às avessas.
Questão 05 – ENEM 2010 – Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d.
João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os
brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente
escravizar-nos (...) Não queremos um imperador criminoso, sem fé, nem palavras:
podemos passar sem ele! Viva à Confederação do Equador! Viva à constituição que
nos deve reger! Viva ao governo supremo, que há de nascer de nós mesmos!
A
proclamação de Manuel Paes de Andrade acima deve ser entendida:
( A
) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia
Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, de Carta Constitucional de 1824.
( B
) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram
consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
( C
) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D.
João VI para Portugal.
( D
) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado
pelas câmaras municipais.
( E
) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua
maioria por portugueses.
Questão
06 – CEDERJ 2009.1 – (...) do Rio
nada, não queremos nada.” Com essa frase, Frei Caneca encerrou um
artigo-manifesto no jornal Tífis Pernambucano em 1824, dentro do movimento que
ficou conhecido como a “Confederação do Equador”. Nesse texto, expôs suas
críticas ao governo do Imperador Pedro I, cuja sede estava na cidade do Rio de
Janeiro.
Assinale
a afirmativa que apresenta uma das razões para as críticas feitas no
artigo-manifesto:
( A
) a elite carioca insistia em ajudar os flagelados do Nordeste.
( B
) havia uma excessiva centralização de poder nas mãos do Imperador.
( C
) o Brasil ainda se encontrava sob o domínio dos reis de Portugal.
( D
) D. Pedro não permitia a realização de cultos não católicos;
( E
) Pernambuco perdera o seu lugar de capital da Corte Imperial.
Questão
07 – ENEM 2008 – Texto I – Constituição de 1824, Art. 98 – O Poder Moderador é a chave de toda a organização
política, e é delegado privativamente ao Imperador (...) para que
incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio e harmonia
dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos
em que o exigir a salvação do Estado
Texto
II – O Poder Moderador da nova
invenção maquiavélica é a chave mestra de opressão da nação brasileira e o
garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver
a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo
de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do Imperador.
(Frei Caneca)
Para
Frei Caneca, o Poder Imperador, definido pela Constituição outorgada pelo
Imperador em 1824 era:
( A
) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores
eram escolhidos pelo Imperador.
( B
) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a
representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.
( C
) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o
poder representativo da sociedade.
( D
) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de
controlar os deputados representantes da Nação.
( E
) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as
deficiências da representação política.
Questão
08 – ENEM 2012 – Após o retorno de
uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus
partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio
de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11
de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das
Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras
“portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de
garrafas jogadas das janelas.
Os
anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão
política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no
Rio de Janeiro revela:
( A
) estímulos ao racismo.
( B
) apoio ao xenofobismo.
( C ) críticas ao federalismo.
( D ) repúdio ao republicanismo.
( E ) questionamentos ao autoritarismo
Questão 09 – CEDERJ 2012.2 – A palavra “regência”
denomina um período em que o governo é dirigido por representantes do monarca,
e não diretamente por ele. Em geral, isso se dá em decorrência da juventude do
rei, ainda incapaz de herdar as responsabilidades de gerir um Estado. Em
relação aos anos da regência no Império Brasileiro (1831-1840), pode-se
afirmar:
( A
) A regência foi iniciada com o golpe da Maioridade do Imperador e o fim do
Conselho de Estado.
( B
) O Ato Adicional, consagrado naqueles anos, centralizou o poder dos regentes.
( C
) Foi um período marcado por revoltas em várias províncias, como a Cabanagem,
no Pará.
( D
) No ano de 1831, suprimiu-se a Guarda Nacional, responsável pelas revoltas
regenciais.
Questão
10 – ENEM 2012 – (...) os membros
da Assembleia temem pelo Rio de Janeiro, em razão do número de escravos e da
presença perigosa de africanos livres e residentes, em muito grande número
entre nós. É evidente para todos que as doutrinas haitianas são pregadas aqui,
que os escravos são atraídos pela isca da liberdade e são incitados pelos
espíritos “vertiginosos” nacionais e estrangeiros, do interior e do exterior, a
entrar em movimentos semelhantes àqueles que lhes mostrou o funesto exemplo da
Bahia.
O
documento anterior é uma demonstração do pânico existente entre as elites
brasileiras frente a qualquer manifestação da população de origem africana em
relação à manutenção da escravidão. No texto, as referências às “doutrinas
haitianas” e aos “movimentos semelhantes àqueles que lhes mostrou o funesto
exemplo da Bahia” dizem respeito, respectivamente:
( A
) às propostas de fim do governo de minoria branca no Haiti e à revolta da
Balaiada.
( B
) à expulsão de todos os europeus e seus descendentes imposta pelo governo do
Haiti e à revolta da Sabinada.
( C
) à invasão dos haitianos do território do Grão-Pará para libertar os escravos
e à revolta da Cabanagem.
( D
) à proposta de extinção da escravidão feita pelo governo do Haiti e à revolta
Farroupilha.
( E
) à independência do Haiti, realizada por escravos e libertos, e à revolta dos
Malês.
GABARITO:
ResponderExcluirQuestão 01 – E
Questão 02 – A
Questão 03 – D
Questão 04 – C
Questão 05 – A
Questão 06 – B
Questão 07 – C
Questão 08 – E
Questão 09 – C
Questão 10 – E